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Maria Joana Ramos Tota

1958 - 2020

Professora adorada, inúmeras vezes homenageada, especialista em Estudos Amazônicos.

A professora Maria Joana tinha muito orgulho de sua profissão. Era o que mais gostava de fazer. Só deixou o cargo para se aposentar. Era professora também de estudos amazônicos e sua fama de contadora de histórias era grande. Qualquer conto envolvendo Matinta Perera, personagem do folclore brasileiro, mais precisamente na Região Norte do país, lobisomem ou qualquer outro, era com ela mesma.

Ao longo da vida, trabalhou em diversas escolas e por todas foi homenageada. A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Antônio Alves Ramos fez uma homenagem reunindo seus funcionários e o cantor, filho da terra, Carlito Varela, que cantou o hino que ela mais gostava "Noites Traiçoeiras". Maria Joana também recebeu uma homenagem da Câmara Municipal, prestada por uma vereadora, sua antiga aluna.

Ela adorava passear, viajar para a praia e tirar fotos, mas não gostava muito de aparecer nelas. Dizia que um dia conheceria Brasília. Dedicava-se aos seus três cachorros: Negão, Vagabundo e Piriguete. "Na sua casa ainda estão seus bibelôs de anjinhos e todos os tipos de criaturas, com os quais ela tinha muito cuidado, lavava um por um", conta a filha Joelma.

Maria Joana foi mãe, avó, professora e muito mais. "Amo você, mãe e penso em todos os momentos que vivemos juntas e na falta que fará para nossa família. Eu te amo do tamanho do Universo, mãe. Onde você estiver, amor eterno", diz a filha.

Maria nasceu em Igarapé-Açu (PA) e faleceu em Castanhal (PA), aos 62 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Maria, Joelma do Socorro Ramos Tota. Este tributo foi apurado por Viviane França, editado por Ticiana Werneck, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 6 de janeiro de 2021.