Maria Rodrigues de Paula

1936 - 2020

Costurou histórias de vida com dedicação e apreço, como fazia com seus lindos vestidos.

Dona Maria, querida e admirada por muitos que a conheciam. Foi professora primária na zona rural por muitos anos, onde compartilhava todo seu conhecimento com os alunos.

Casou-se duas vezes e teve seus filhos. Deixou a vida na roça e foi tentar novas oportunidades na cidade, dedicando-se à costura – sua segunda opção de fonte de renda. Durante o tempo que trabalhou como costureira, ensinou como se faz um “belo vestido” para muitas pessoas, inclusive para as filhas.

“Ah, como sua costura era perfeita! Sempre de olho nos mínimos detalhes”, conta sua filha Rosilane.

Ainda na roça, teve a oportunidade de confeccionar o vestido de noiva da primeira filha. E não foi em nenhuma dessas máquinas modernas que se vê hoje em dia, foi em uma máquina de pedal.

Passava noites e noites debruçada sobre as costuras e os bordados. Sempre curiosa em aprender coisas novas, com muita dedicação e apreço. Aprendeu a fazer crochê, pintura em tecido, e uma infinidade de trabalhos manuais.

Mesmo com a idade chegando e os passos ficando mais miúdos, permaneceu muito ativa e criativa. Durante a pandemia, confeccionou várias máscaras em tecido.

Ficou inesquecível o comentário de dona Maria quando a família preparava churrasco - cardápio que ela apreciava e comia com gosto. Ela dizia: “Só estou porvando”.

Foi mãe, avó, bisavó e tataravó amorosa. Deixou saudade e a certeza que viveu intensamente todos os momentos de sua vida. “Seus ensinamentos nunca serão esquecidos por nós. Seu legado será repassado aos filhos, netos e todas as gerações futuras”, descreve e se emociona Rosilane.