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Maria Stela Salustiano Silva

1944 - 2020

Gratidão e fofura. Stelinha foi mestra em nos ensinar como a vida é bela.

Impossível falar sobre ela sem usar palavras de doçura e amor, defini-la é certamente amontoar adjetivos bons.

Quem tivesse a sorte de encontrá-la no caminho do metrô, poderia ter o privilégio de ouvir o tom doce da sua voz e sentir a sua energia sempre tão positiva e contagiante, ela foi mestra em ensinar como a vida é bela. Poderia ser considerada como terapeuta, já que com toda sabedoria e com suas mãos de fada ela fazia a drenagem mais gostosa desse mundo e na mesma sessão ainda conseguia transmitir paz e harmonia para quem estava recebendo.
Difícil pensar nela sem lembrar do seu “bom dia” ou “boa noite” de todos os dias.

Moradora de Santa Cecília, “vizinha amada, muito querida e gentil, uma pessoa maravilhosa que deve ter sido irmã da minha mãe na vida passada de tanto que nos gostávamos.” relata Cléo, sua grande amiga que tem 33 anos e embora existisse a diferença de idade de 42 anos entre elas, construíram uma amizade linda, rara e que era um porto seguro.

Não é à toa que o significado do seu nome é estrela, foi muita luz aqui, porém, as estrelas não foram feitas para ficar só na terra, não é mesmo? Então agora brilha ainda mais no céu, descobrindo esse mundo imenso e cheio de coisas boas, vivendo com os anjos, sentindo o perfume das mais belas flores e o aconchego da mais suave brisa, sentiremos sua falta, amada Stelinha.

Maria nasceu no Paraná e faleceu em São Paulo, aos 75 anos, vítima do novo coronavírus.

História revisada por Rayane Urani, a partir do testemunho enviado por melhor amiga Clélia, em 20 de julho de 2020.