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Marina Batista Sales

1936 - 2020

Marina foi uma mulher batalhadora, tinha uma voz linda e gostava de cantar.

“A minha avó era uma pessoa meio séria, mas o que ela mais amava fazer era ir à igreja. Servir a Deus era o seu maior prazer."

Assim Thainá começa descrevendo sua amada avó. Ela diz que, ao engravidar, planejou colocar o nome Marina na filha, mas veio um menino e para sua alegria chegou no dia do aniversário da avó. “Ele é meu pedacinho dela”, conta.

Marina era o pilar da família. Suas paixões na vida, logo depois de Deus, eram os filhos Elmario, Eliana, Eliomar e Elionai, os netos e os bisnetos. Curtia muito os bisnetos e gostava de aconselhar os netos. A palavra de Deus sempre estava em seus lábios, que não se cansavam de falar dele.

“Ela era maravilhosa, a mulher mais incrível que já conheci”, diz a neta.

Tinha a família como primeira preocupação, sua maior razão de viver. Nos encontros familiares, gostava de contar histórias da juventude, principalmente de como foi guerreira na criação dos quatro filhos, sozinha.

Foi fazendo um pouco de tudo que Marina conseguiu criá-los. Fez faxina, lavou roupa para fora, fez e vendeu cocadas que adoçavam a alma porque eram feitas com muito amor.

Marina foi encontrar seu amado Deus. Deixa uma família saudosa mas cheia de inúmeras boas lembranças e ensinamentos. “Ela fará muita falta”, despede-se Thainá de sua querida Marina.

Marina nasceu em Itabuna (BA) e faleceu em Guarulhos (SP), aos 84 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela neta de Marina, Thainá Pereira. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente, editado por Míriam Ramalho, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 26 de novembro de 2020.