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Mario Rostan da Silva

1989 - 2020

Não pedia muito da vida: bastava uma gelada, um futebol e a boa companhia dos amigos e da família.

Entre a defesa e o ataque, lá estava “Barão” jogando seu bom futebol na posição de meia, em uma resenha com os amigos. Era por esse apelido que Mario, torcedor do Sport Club do Recife, era conhecido e gostava de ser chamado.

Por meio da profissão de motoboy, tirava o sustento dos três filhos que deixou: Gabi, Vitor e Ridson. Foi um pai amigo e um companheiro de vida para sua esposa Waldjane.

Levava a vida com alegria, palavras sinceras e bons conselhos. Não dispensava uma boa gelada com os parceiros, uma música animada e histórias para contar. Era fã de pagode e as músicas do cantor Ferrugem não saíam da sua boca.

Barão era sinônimo de alto-astral, bola pra frente, vida que segue. Lidava com os desafios sempre dominando no peito. A família representava muito para ele, tanto que se orgulhava de ter vencido muitas dificuldades na adolescência, com o apoio do primo Mychell. Eram parceiros e foram os degraus para a subida um do outro.

Mychell lamenta muito o fato de não ter chegado até o final junto com Mário, já que, desde o início, estavam unidos celebrando as conquistas e driblando as barreiras.

A juventude, simpatia, companhia estimulante e alegre de Barão serão as marcas desse grande homem por toda a eternidade.

Mario nasceu em Primavera (PE) e faleceu em Recife (PE), aos 31 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo primo de Mario, Aysllan Mychell. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Júllia Cássia, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 27 de novembro de 2020.