1964 - 2020
Sonhadora e boa ouvinte, Marlei sempre repetia: a vida é tudo de bom.
Depois que descobriu as redes sociais, Marlei fez delas seu maior passatempo. Mudava a foto do perfil do Facebook toda semana - adorava uma foto! Mas, para isso, precisava estar em dia com o visual, o que era fácil. Muito vaidosa, estava sempre com o cabelo arrumado e as unhas feitas.
Ela foi comerciante e ajudou o marido Luiz Roberto (a quem chamava de "meu bem") desde a inauguração da loja que tinham. Amava muito seus três filhos, Juliana, Jaqueline e Jeferson. Fez até uma tatuagem de três estrelas para representá-los.
As netas Giovana e Lívia eram o xodó da corintiana, descrita pela filha Juliana como “uma mistura de força e fragilidade”. Antes de ser internada, Marlei prometeu: “Vamos passar por mais essa, sou forte. E depois vamos marcar uma viagem todos juntos”.
Viajar estava entre as coisas que ela mais gostava, assim como fazer uma faxina (“tinha mania de limpeza”, risos), e visitar suas irmãs para fofocar e dar risada.
Marlei nasceu São Caetano do Sul (SP) e faleceu Monte Alto (SP), aos 55 anos, vítima do novo coronavírus.
Jornalista desta história Ticiana Werneck, em entrevista feita com filha Juliana, em 22 de maio de 2020.