Marlene Monteiro de Almeida

1946 - 2020

Mamá era mestre na virtude de servir o próximo.

Era chamada carinhosamente de Mamá. Professora e costureira, gostava de reunir amigos e familiares em sua casa. Fazia questão de servir várias comidinhas deliciosas, todas temperadas com muito amor.

Brincalhona, convidava todos para as refeições com um chocalho de chamar gado. Seu companheiro da vida toda era Maurício, e juntos os dois tiveram apenas um filho, Roberto, que Marlene considerava seu verdadeiro tesouro. Adotou a nora Labyb com amor. Foi avó de Júlia e Lucas, e amava os netos como só avós sabem fazer.

Mamá era dona de um olhar doce, sincero, transparente, honesto e muito carinhoso. De um abraço capaz de mudar o dia de quem o recebia. Tinha uma legião de amigos.

O filho Roberto diz: "Gostaria de dividir esse testemunho de dona Terezinha Medeiros, a quem minha mãe se referia como sua mestra:

'Prezada e inesquecível Marlene.

Tinha um coração generoso que abria a porta de sua casa, tanto para celebrar as alegrias da vida, quanto para ajudar ou consolar as pessoas em dificuldades. Adicionalmente a essas boas ações, ainda se dava ao trabalho de promover eventos para ajudar entidades religiosas e sociais.

Recebia com solidariedade e sorriso aberto muitas pessoas, em várias datas, nesses quarenta e seis anos que aqui viveu. Naqueles encontros, não dispensava um joguinho de sueca, contava anedotas engraçadas e preparava deliciosas comidas para saciar a fome dos gulosos ou admiradores de sua culinária bem nordestina.

Deus não consultou, nem avisou os familiares e as centenas de pessoas, suas amigas que, em 25 de julho de 2020, a levaria para morar no Céu. Na Sua glória, Ele quis acrescentar mais um espírito generoso e fiel aos seus princípios e comprometido com o 'fazer o bem, sem olhar a quem'. Fez-se estrela para iluminar os caminhos dos jovens entregues aos seus cuidados.

Acolhia-os no seu lar, fossem familiares ou não, dando-lhes exemplos de responsabilidade e de cumprimentos de deveres na caminhada e nas alegrias da vida.

Saudades, muitas saudades daquelas pessoas que tanto amamos e que, tão prematuramente, nos deixaram com essas saudades que viram dor. Mamá se foi, mas seu ensinamento nos acompanhará para sempre.'"

Mamá deixou, para todos aqueles que tiveram a honra de sua convivência, o sábio ensinamento:

"A gente vive para servir. Se a gente não serve ao próximo, não serve para viver."