1943 - 2020
Uma mulher cujos sorrisos as dificuldades da vida não conseguiram levar embora.
Marilu, como era chamada, era uma mãe, avó e bisavó amorosa.
Passear em família era uma de suas atividades preferidas. Também era muito cuidadosa com Madona e Mel, suas cachorras, e todo esse cuidado era marcante.
Seu principal sonho era conseguir dar melhores condições para todos, em especial para o filho, que sofria com alcoolismo. "Minha mainha era maravilhosa", diz com carinho a filha Renata.
Sabe aquela pessoa que quando vai ao médico deixa de fora todas as besteiras que come? Assim era Marilu, o que gerava cenas muitos engraçadas, conta Renata. Enquanto ela escondia a verdade sobre sua alimentação, eles sempre piscavam para quem a acompanhava na consulta.
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Palavras da filha Viviane:
Minha mainha guerreira, deu o máximo de si para criar e educar seus sete filhos.
Mainha era muito extrovertida, amava seus animais de estimação e adorava cuidar da casa, sempre muito limpa e organizada. Tinha netos e bisnetos.
Amava a todos, sempre justa e amiga. Nossa mainha deixou saudades, mas como ela sempre falava que não via a hora de se encontrar com o nosso pai, acredito que agora estejam juntos.
Mainha que Deus te proteja, você foi a melhor mãe do mundo, agradecemos por tudo que fizeste. Não importa a forma que partisse, a senhora só atendeu o chamado de Deus. Que teu espírito siga em paz. Amor eterno.
Marlúcia nasceu em Recife (PE) e faleceu em Recife (PE), aos 77 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Marlúcia, Renata Vasconcelos e Viviane Souza Vasconcelos. Este texto foi apurado e escrito por Maria Mendes, revisado por Paola Mariz e moderado por Phydia de Athayde em 10 de novembro de 2020.