1948 - 2020
O nome dela era Martina, mas gostava de ser chamada de Vera. Amava estar em família e adorava uma pescaria.
Boleira de mão-cheia, Martina — ou melhor, Vera — ensinou a profissão para a filha e para a neta mais velha.
Quando não estava preparando delícias com açúcar e com afeto, aproveitava o tempo livre dedicando-se a alguma de suas várias paixões: “Ela gostava muito de viajar, amava estar em família e adorava uma pescaria com o genro”, relata a filha Florença.
A filha diz que, acima de tudo, sua mãe amava muito a vida: “Ela lutou bravamente por oito anos com a máquina de hemodiálise e se cuidou por 90 dias na pandemia. Mas, por ironia do destino, passou mal e foi levada ao hospital, e lá acabou sendo contaminada com o vírus”.
Vera deixa três filhos, nove netos e três bisnetos, todos saudosos de sua presença. “Hoje fica a lembrança carinhosa da mãe e da avó, amiga e companheira”, diz Florença, que não esquecerá a valorização da vida ensinada, exercitada e exemplificada pela mãe, ao longo de sua amorosa trajetória.
Martina nasceu em Alvorada (RS) e faleceu em Porto Alegre (RS), aos 72 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Martina, Florença Silva da Silva. Este tributo foi apurado por Carla Cruz, editado por Renata Meffe, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 1 de outubro de 2020.