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Moacir Fernandes de Moura

1957 - 2020

Gentileza e generosidade são as marcas que esse homem do campo deixou na vida de quem conviveu com ele.

Fumicultor até o momento da aposentadoria, amava a vida no campo e cuidar dos animais. Ao longo de seus 63 anos, casou-se duas vezes — a última união durou sete anos. Seu legado fica através dos cinco filhos, três homens e duas mulheres. A família era seu bem mais precioso.

Era uma pessoa forte que, apesar das muitas doenças que enfrentou, levava a vida com alegria e um grande sorriso. Seus valores eram refletidos no zelo para com a família, exemplo que permanecerá para sempre. Para o sobrinho Jeferson Fernandes de Moura, as visitas e o modo carinhoso de se referir a ele como “gurizinho do tio” marcaram uma relação de verdadeira amizade entre os dois.

Moacir era homem do campo, não da cidade, mas adorava viajar e conhecer lugares históricos. Apesar disso, voltar para a família era o melhor momento. Além da dedicação aos filhos, nutria um carinho imenso pela mãe, já de idade, a quem destinava cuidados, mimos e muito amor, por ser a pessoa mais importante da sua vida.

Não era fanático, mas tinha gosto pelo time tricolor do sul, o Grêmio, de quem ostentava camisa e bandeira.

O sobrinho relembra com muita saudade o exemplo de homem que ele era e a sua sabedoria de discernir o momento de dizer sim e dizer não.

Moacir nasceu em Vera Cruz (RS) e faleceu em Santa Cruz do Sul (RS), aos 63 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo sobrinho de Moacir, Jeferson Fernandes de Moura. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Cristina Fengler Bieger, revisado por Paola Mariz e moderado por Rayane Urani em 4 de novembro de 2020.