1964 - 2020
Sempre pronto para ajudar quem precisasse, tinha um coração de ouro.
Nelson, era técnico de som e, nas horas vagas, barbeiro. Extremamente dedicado à obra da igreja durante mais de trinta anos, ele não colocava limites, ajudava e trabalhava no que precisassem.
Estava casado há trinta e quatro anos e ainda conservava seu romantismo e sua paixão pela esposa. Adorava ouvir hinos e gostava muito de ouvir piadas e ter sempre por perto seus dois netinhos.
Deixou um legado inestimável de valores humanos para os três filhos, pelos quais nunca mediu esforços no criar e no educar. Teve a graça de vê-los crescer, casar e então presenteá-lo com o que simbolizava para ele os maiores orgulhos da vida: seus netos. A filha Nathali conta que o comentário mais comum quando as pessoas falam sobre seu pai é "Como ele era apaixonado pelos netos!"
Era chamado pelo apelido de Pandinha, que combinava perfeitamente com seu jeito meigo e com seu abraço de urso. "Uma das poucas coisas que deixavam esse Pandinha aborrecido era a bagunça", lembra a filha recordando o quanto o pai era caprichoso com tudo, mas como também tinha uma facilidade enorme para esquecer desses pequenos aborrecimentos, geralmente gerados por uma desordem aqui e outra ali.
Nelson era considerado como um irmão por muitos ─ resultado de seu grande coração e por ser tão prestativo. Será lembrado por todos.
Nelson nasceu em Belém (PA) e faleceu em Ananindeua (PA), aos 56 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Nelson, Nathali Vieira. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Sandra Maia e moderado por Rayane Urani em 8 de fevereiro de 2021.