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Odilon Padilha

1962 - 2020

Doador de sangue e trabalhador dedicado, era cordial com todos.

Natural de Bom Jesus, Odilon mudou-se para Gramado (RS) em busca de uma vida melhor. Trabalhou como garçom em diversos restaurantes da região até comprar a própria lancheria, há dezessete anos. Amistoso e brincalhão com os clientes, construiu uma relação cordial com todos que o conheciam.

Homem simples e humilde, não gostava da posição de “chefe”. “Ele sempre buscava se igualar com a gente, sempre dizia que era um colega nosso”, conta o filho Rodrigo, que trabalhou com o pai a vida toda.

Odilon levava a sério a frase de Benjamin Franklin: “O trabalho dignifica o homem”. O empresário priorizava o trabalho, buscando sempre dar as melhores condições para sua família. Honesto e responsável, preocupava-se com o dia a dia da empresa.

Embora tímido, era extremamente carinhoso com a família. “Tínhamos uma relação harmoniosa. Nosso amor era incondicional, da nossa maneira, sempre com muito respeito e companheirismo”, destaca o filho.

Gostava muito de brincar com os sobrinhos pequenos e de visitar os pais em Bom Jesus. Tinha um carinho imenso pelos familiares que deixou na cidade natal. “Levava presentes e se preparava dias antes de ir visitá-los”, relembra o filho Rodrigo sobre as viagens feitas pelo pai.

Além de se dedicar ao bem-estar da família, prezava pelos demais. Era doador de sangue e, constantemente organizava rifas para ajudar quem mais precisava. “Era um homem de bom coração. Ajudava demais as pessoas. Estava sempre envolvido em inúmeras ações”, completa Rodrigo.

Odilon nasceu em Bom Jesus (RS) e faleceu em Gramado (RS), aos 58 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo filho de Odilon, Rodrigo Miola Padilha. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Martina Belotto Michaelsen, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 31 de agosto de 2020.