1944 - 2021
Seus olhos brilhavam ao preparar deliciosos quitutes para a família e amigos.
Osseli não tinha apenas um nome diferente. Sua personalidade espontânea também surpreendia. "Minha tia buscava o que a deixava feliz. De repente, saía de casa e visitava algum familiar ou amigo, sem aviso. Ela transbordava alegria", relembra a sobrinha Raquel.
"Não me mande flores quando eu morrer", Osseli avisava. Ela sabia valorizar o hoje, o momento presente. De acordo com Raquel, a vida para a tia era sinônimo de simplicidade. "Nem as situações mais difíceis conseguiam destruir a sua maneira simples de viver".
A mineira da pequena cidade de Tombos, não tropeçava em tristezas. "Minha tia trazia alegria à vida de cada um que cruzava o seu caminho. E sempre arrancava um sorriso das pessoas com grande facilidade, ainda que fossem meros desconhecidos".
Outro dom de Osseli era cozinhar bem. "Uma das melhores cozinheiras que já conheci. Os olhos dela brilhavam ao ver seus queridos se deliciando com seus espetaculares dotes culinários".
A sobrinha faz questão de pontuar que Osseli era uma pessoa leve: não cobrava, não julgava, não condenava. "Ela gostava de presentear sem esperar nada em troca. Sempre amou com todas as suas forças".
"Felizes aqueles que puderam conhecer e conviver com Osseli, e curtir o tempo junto dela, com a mesma intensidade com que ela vivia cada instante. Cedo ou tarde nos encontraremos novamente, tia! Fica aqui uma carinhosa homenagem da sobrinha Raquel".
Osseli nasceu em Tombos (MG) e faleceu em Carangola (MG), aos 76 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela sobrinha de Osseli, Raquel Goulart de Abreu Dias Guimarães. Este tributo foi apurado por Lucas Cardoso, editado por Luciana Assunção, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 31 de maio de 2022.