Osvaldo Júnior Gonçalves Maldonado

1975 - 2021

Com ele por perto nem mesmo as segundas-feiras eram pacatas; depois do trabalho, ele fazia churrasco e reunia a família.

Desde que os filhos eram bebês, Osvaldo, conhecido como Júnior Banana, levava os dois - João Pedro e Jordano - para cavalgarem. Como o pai, os meninos cresceram amando as cavalgadas.

Outra paixão era Ana Paula, sua esposa. "Nos conhecemos dentro da igreja, eu com 16 anos e ele, com 20. Casamos quando fiz 18 anos e fomos nos aventurar nas estradas da vida juntos", conta ela, que, no início do casamento, acompanhava o marido caminhoneiro em todas as viagens.

Ele foi caminhoneiro por vinte anos, entretanto nos últimos anos, para poder ficar mais ao lado da família, criou uma empresa de fretes e entregas. Também estava muito orgulhoso, porque havia concluído o Ensino Médio em 2019 e estava cursando Agronegócio. "Estudar e ser pai eram seus grandes sonhos", conta a esposa.

Júnior amava as crianças e estar rodeado delas, pois era uma verdadeira criança crescida. Ana lembra que, como um típico leonino, vivia a vida intensamente e era muito brincalhão - daí o apelido de Júnior Banana. "Não deixava ninguém quieto, brincava, tirava sarro ou desarrumava os cabelos das primas."

Ela também conta que era característica frequente do marido estar alegre e disposto. "Ele gostava de fazer churrasco, não tinha dia nem horário. Às vezes, na segunda-feira, chegava do trabalho e, junto com o João, já iam para a churrasqueira, ligavam o som no sertanejo, assim nós nos reuníamos".

Seu companheiro por vinte e cinco anos, Ana comenta que vai sempre se lembrar do marido. "Eu o vejo em tudo, pois éramos muito parceiros: nas cavalgadas, nos passeios ao shopping e em muitas viagens, decididas de última hora, nas quais íamos todos."