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Palmarito Schvartzhaupt Vitt

1945 - 2020

Qualquer bebê sorria para ele.

Palmarito - conhecido pelas crianças como "Pipito" (uma das primeiras palavras que diziam) - era um dedicado agricultor em Boa União, que depois mudou-se para Porto Alegre e tornou-se empreendedor.

Tinha como Time do coração o Grêmio, que ele não perdia um jogo sequer. Era muito querido pela família. Recebia irmãos e amigos em casa, sempre com chimarrão e churrasco, ouvindo o canto de seus passarinhos e o barulho da televisão. Foi casado por cinquenta e dois anos com Dona Enilda, com quem teve duas filhas: Samanta e Simone. Com os netos Júlia e Pedro, transformava suas vivências em histórias, que ficaram na memória deles" - conta a filha Simone.

Era cristão, frequentava a Igreja Luterana e cumpria os preceitos à risca: sempre tentava ajudar e proteger a todos.

Pipito tinha vários hábitos marcantes: quando estava concentrado, mordia a língua e ao terminar uma conversa difícil, dizia: "fé em Deus que tudo vai dar certo".

Simone afirma sobre o pai: "O Patriarca! O marido cuidadoso e dedicado, o tio querido e parceiro das crianças, fofo, cuidadoso e orgulhoso! O avô mais amado, o sogro perfeito, como dito pelos genros, e o irmão atencioso de 12. E uma pessoa que fazia o bem sem olhar a quem. Não precisava pedir ajuda, ele tomava iniciativa! Todo mundo conhecia o Pipito e ele amava tudo isso."

Palmarito nasceu em Boa União (RS) e faleceu em Porto Alegre (RS), aos 74 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha de Palmarito, Simone Vitt. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Alexandre Ramos Costa, revisado por Magaly Alves da Silva Martins e Bettina Florenzano e moderado por Rayane Urani em 15 de setembro de 2021.