Pasquale Oliva

1950 - 2020

Se alguém comentasse que precisava resolver uma pendência, ele resolvia, a qualquer hora e em qualquer tempo.

"Uma alma bondosa, prestativa e acolhedora, sempre de bem com a vida e de bom humor. Assim era o tio Pasquale", lembra a sobrinha Bruna.

Casado com Eva por mais de quarenta anos, ele era um homem apaixonado; almas gêmeas. Tinham um casamento lindo e um exemplo de companheirismo. Fazia tudo por ela, e ela, tudo por ele. Tiveram dois filhos, Marco Antônio e Emiliana, e três netas, Luiza, Vitoria e Eliza. Era completamente louco por elas.

Tio Pasquale nasceu na Itália e construiu sua família no Brasil. Trabalhou com transporte durante muitos anos, mas foi como representante comercial que viveu grande parte de sua vida. Viajando muito para outros municípios, vendendo utilidades domésticas. Por onde passou, conquistou amigos que fez questão de cultivar, mesmo depois de aposentado. Era um amigo querido.

Ele era um homem que se doava. Bastava lhe pedir algo que prontamente o fazia. Até coisas bem triviais, como ir ao banco.

"Na família, não havia muito o hábito de dizer 'eu te amo' a toda hora. O amor era demonstrado pelas ações, no fazer o bem um pelo outro", conta Bruna. Seu tio era exatamente essa pessoa: prestativa e preocupada sempre com o bem-estar do outro. E essas eram características muito marcantes nele.

O nascimento das netas foi um momento muito marcante na vida do tio Pasquale. Elas se tornaram uma das suas razões de vida. Na verdade, a família toda era seu maior tesouro. Ele fazia tudo pela esposa, pelos filhos e pelas três netinhas.

Quando o avô Pasquale ficou doente, foram muitas as mensagens de amor e carinho que as netas mandavam pelo celular: "Vovô, eu te amo, vai ficar tudo bem".

Ao presenciar a imensa tristeza que a partida do vovô causou na avó Eva, a neta mais velha disse: "Vovó, não fica triste, não. O vovô agora é uma estrelinha que está lá no céu. Ele está bem". Bruna lembra que não teve quem não se emocionasse com a fala de Vitória, de apenas 8 anos, um alento para o coração dilacerado da avó.

O tio Pasquale fazia aniversário no mesmo dia que a sobrinha e, por essa razão, comemoravam a data juntos. Por muito anos foram vizinhos, mas houve época em que mesmo Bruna morando em Campos dos Goytacazes, interior do Rio de Janeiro, e ele em outra cidade, foi visitá-la e fizeram uma linda festa. "Foi um momento muito especial", lembra Bruna. "Nosso vínculo era de muito amor."

Sua ausência é muito sentida por todos. Será para sempre lembrado com muito carinho.