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Paulina Migliorini Debona

1944 - 2020

Gostava de estar com as amigas, jogar canastra nas horas livres e praticar atividades físicas nos finais de semana.

"Uma mãe amorosa, avó querida e amiga; ser iluminado que transbordava amor, carinho e respeito pelo próximo", segundo a filha Marta. É assim que Paulina será lembrada.

Sorridente e de voz mansa, com seu jeitinho único de trazer paz, conforto e conversas agradáveis na presença daqueles que amava. Sociável e ativa, amava se divertir com as amigas e não ficava quieta nos fins de semana.

Com sua "mania de limpeza", não podia ver o cesto de roupas sujas que já queria limpar e organizar tudo. Vaidosa, era impecável com o autocuidado; estava sempre arrumando os cabelos ruivos e pintando as unhas com suas cores preferidas.

Costureira nata, seguiu a tradição da família. Com sua máquina, adaptava o tamanho das peças de roupa e não perdia a oportunidade de criar costuras novas.

Primogênita entre os dez irmãos, cuidava de todos com amor, paciência e dedicação. Apesar das dificuldades e responsabilidades da infância, amou todos com a mesma intensidade. Casou-se, foi mãe de seis filhos e avó querida; sempre mantinha o vínculo familiar forte, com afeto e muitos presentes. Nunca se esquecia de ninguém nas datas comemorativas.

Aos 66 anos, conheceu pela primeira vez a praia. Um "amor à primeira vista". Sábia e curiosa, queria saber todos os segredos dessa imensidão de água e tentava evoluir espiritualmente a cada dia.

Gostava muito das redes sociais. Ligava por chamada de vídeo para todo mundo, queria contar sobre o dia e escutar as novidades. Nona era uma artista na cozinha. Os cozidos de galinha caipira e bolos saborosos eram sua especialidade.

Foi uma agricultora experiente. Nasceu, cresceu e permaneceu nessa mesma profissão durante a vida toda.

Buscou viver pelo caminho da bondade. Mulher de muita fé, frequentava constantemente a igreja. Dizia sempre que era preciso ter esperança, empatia pelo próximo e acreditar no amanhã.

Paulina nasceu em Marau (RS) e faleceu em Irati (SC), aos 76 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Paulina, Marta Judite Debona Gregolin. Este tributo foi apurado por Luisa Pereira Rocha, editado por Felipe Bozelli, revisado por Lícia Zanol e moderado por Rayane Urani em 6 de setembro de 2021.