1940 - 2020
Tinha o hábito de ir à feira sempre aos domingos pela manhã. Apreciava as comidas típicas do seu amado nordeste.
Casado por cinquenta e três anos com Dona Maria, Pedro foi pai e marido exemplar. Teve quatro filhos, cinco netos e uma bisneta. Muito carinhoso, amava sua família e gostava muito de conversar com a vizinhança. Era um homem bom e de muita fé. Tinha o hábito de ler a bíblia e acreditava em dias melhores.
Morou um bom tempo de sua vida na cidade de Muriá. Quando foi para Minas, já era casado e tinha duas filhas, um filho nasceu mineiro e a filha mais nova já nasceu no Ceará, depois que retornaram.
Aposentado, trabalhava fazendo conserto de eletrodomésticos, amava o que fazia. Gostava de viajar para o interior de seu estado. Aruaru e Morada Nova eram seus destinos favoritos. Todo domingo ai à feira pela manhã. Apreciava as comidas nordestinas, como: macaxeira, panelada, pamonha, doce de caju, entre outras.
Tinha um repertório bem eclético de músicas. De evangélicas a sertanejas, até os nostálgicos sucessos de Altemar Dutra, Nelson Gonçalves e Agnaldo Timóteo. Duas músicas que ele sempre gostava de ouvir e cantar eram: "Quando eu morrer não quero choro nem vela...", e "Meu velho".
"Meu pai era uma pessoa que falava pouco, mas deixou exemplos de carinho, honestidade e muito amor pela família", conta e se emociona sua filha Mayrelene.
Pedro nasceu em Aruaru (CE) e faleceu em Fortaleza (CE), aos 79 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Pedro, Mayrelene Lima Solon. Este tributo foi apurado por Samara Lopes e Ana Clara Cavalcante, editado por Sonia Ferreira, revisado por Renata Nascimento Montanari e moderado por Rayane Urani em 10 de junho de 2021.