1952 - 2020
Sua alegria era expressada na gargalhada mais gostosa.
Quel, Quelzinha, Quequel... Eram tantas as maneiras de demonstrar amor por tudo que Raquel foi.
Com muita garra e a ajuda de Ana, sua mãe, criou a única filha que teve. E, como as duas eram inseparáveis... Tanto que partiram com uma diferença de oito dias. Raquel partiu para o afago de Ana e também de Helena, sua irmã que já havia partido cinco anos antes.
"Minha mãe de fato existiu para me conduzir na vida", lembra a filha Rayhana.
Generosidade era seu sobrenome. Por quarenta e seis anos, trabalhou em um hospital público. Profissional de saúde com maestria, ajudava a todos que estavam ao seu redor, salvando vidas. E nada lhe tirava de seu posto. Mesmo com o pé machucado, continuava trabalhando, toda orgulhosa do que fazia.
Muito vaidosa, estava sempre cheirosa, com um charme que era só seu.
Seu maior orgulho era falar da filha e fazia o possível e o impossível para vê-la bem. Tudo que Rayhana idealizava, Raquel realizava com a maior felicidade do mundo.
Era a mãezona da família, sempre presente ao lado da mãe, das irmãs e dos sobrinhos.
Deixa em todos uma saudade imensurável de seus cuidados, de sua amizade, de sua lealdade... Hoje, lá de cima, olha juntamente com sua mãe e com sua irmã, pela sua querida filha.
"Nenhuma palavra aqui, descreveria a honra de ter vivido por trinta e dois anos sendo sua filha. Te amo muito mãe", despede-se Rayhana.
Até breve, Raquel.
Raquel nasceu em Tauá (CE) e faleceu em Fortaleza (CE), aos 68 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Raquel. Este tributo foi apurado por Thyago Soares, editado por Mariana Coelho, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 8 de junho de 2020.