Francisco Furtado Leite

1937 - 2020

Desprendimento e mansidão. Leveza e generosidade. Dono do "Kantinho" no centro de Fortaleza.

Francisco Furtado Leite, filho da Marica Forte (apelido da dona Maria) e do Enoch. Casou-se com uma mulher com espírito de liderança, chamada Teresinha Eugênia, apelidada de Coquinha.

Era o cunhado e o tio querido por todos. Gostava de presentear os sobrinhos e netos com chocolate, e adorava receber os cunhados em sua casa de praia. Apreciava ver o seu lar cheio com os filhos, crianças e animais!

Trabalhou desde muito cedo como tesoureiro da Prefeitura de Fortaleza, onde era conhecido como "Chico Pagador", pois era ele quem ia às "repartições" levando o "ordenado" em espécie, acompanhado apenas por um "guardinha com um cassetete", como gostava de contar.

Aposentado da Prefeitura, colocou uma pequena lanchonete no centro, com o singelo nome de "Kantinho", de onde levava aos filhos e sobrinhos no fim do dia muitos salgados, chocolates e o inesquecível guaraná São Geraldo!

Os dois foram casados por trinta e seis anos, e desta união, vieram os filhos Germano, Gabriela, Milena e Camila. O casal foi também abençoado com os netos Ícaro, Ingrid, Isabela e Marcus, sendo que os dois últimos não chegaram a conhecer pessoalmente a Vovó Tetê.

Eram lutadores e faziam tudo em parceria. Ele era manso, calmo e alegre, deixava o ambiente tranquilo por onde passava. Tinha muitos sonhos e com muita parceria, lutava para conseguir pôr em prática todas as ideias, e todas as lutas de sua Coquinha. Ele era tranquilo e sereno por natureza; ela ansiosa e preocupada com tudo e todos. Ele dava leveza a ela... Ela dava garra a ele... E olha que essa parceria deu muito certo para os dois, viu!?

Quando ficou viúvo e perdeu seu grande amor, teve que assumir a liderança da família. E se saiu muito bem nos primeiros anos, assumindo essa responsabilidade com muita sabedoria e principalmente muito amor. Nos últimos anos, o Alzheimer teimava em apagar seus 83 anos de muitas memórias felizes. Homem simples, era a personificação da humildade e da mansuetude. E em seus últimos dias, mostrou sua face forte e valente!

A filha Gabriela despede-se: "Ah, General, Chico Pagador, Chico Chicote, Soldado Caveira, Vovô Quim, Tio Chiquim, quanta falta você faz! Que Deus nos renove a paz que essa travessia quis furtar!"