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Romualdo Gonzaga Bezerra

1951 - 2020

Era tão alto-astral que contagiava quem convivia com ele.

Acordava cedo todos os dias para fazer café para sua esposa Lúcia.

Gostava de ajudar as pessoas, amava os animais, em especial seus cachorrinhos, Toby e Ruck.

Não reclamava de nada, ele era muito alto-astral, com toda a definição do dicionário: pessoa muito simpática, agradável, alegre; quem tem um modo muito animado de ver e de levar a vida; alegre e generoso... e tinha uma autoconfiança que era contagiante.

Dono de um sorriso amistoso e de uma sabedoria ímpar, gostava muito de ler a Bíblia e de pregar o evangelho.

Caminhava, fazia hidroginástica, pedalava e cozinhava. Era idoso, mas parecia um garoto.

Foi um exemplo para seus sete filhos e 20 netos.

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Romualdo foi um homem exemplar, um pai protetor, um marido cuidadoso e provedor. Com muitas dificuldades, conseguiu se formar em pedagogia aos 49 anos. Sempre ativo, através do seu esporte favorito, o judô, valorizava a vida e amava os animais.

Foi casado durante cinquenta anos com Maria Lúcia e, com muito esforço e dedicação, conseguiu formar seus filhos e sentir orgulho por vê-los independentes.

Foi um guerreiro do início ao fim de sua vida e, apesar dos seus doze dias de UTI, deixou um legado forte que vai permanecer pelas gerações dos seus sete filhos e 20 netos.

Romualdo nasceu em João Pessoa (PB) e faleceu em Santa Rita (PB), aos 69 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela filha e pela neta de Romualdo, Sayonara da Silva Bezerra e Lavínia Vitória Bezerra Ramalho. Este texto foi apurado e escrito por Alessandra Capella Dias, revisado por Otacílio Nunes e moderado por Rayane Urani em 21 de outubro de 2020.