1974 - 2020
Entre louvores e aulas, professava o amor incondicional a Deus e à educação.
Se vivesse uma segunda vida, a marajoara Rosiléia voltaria como professora. “Porque se tornou professora por amor” e “lutava por uma educação de qualidade para todos”, escreve sua prima Rita.
Léia, como era conhecida, não professava apenas na sala de aula. Evangélica, seus cantos de louvor na igreja eram de arrepiar. Gostava, especialmente, do Hino “Jó”, da cantora gospel Midian.
Mãe de quatro filhos, ela adorava sua própria voz e seus próprios cabelos, era obcecada por limpeza, sofria de rinite, gostava de comer os pratos típicos da culinária paraense, tinha pavor de ratos, não apreciava nenhuma cor em particular, admirava pessoas sinceras e responsáveis – e se aborrecia com as falsas e inconsequentes –, alegrava-se por estar com familiares e amigos, sonhava com um mundo sem violência, sem desonestidade, harmônico, pleno de amor ao próximo.
Segundo conta sua prima, ela gostaria de ser lembrada como “uma mulher, mãe, esposa e amiga que sempre se dedicou a todos com amor e atenção”.
Rosiléia nasceu em Breves (PA) e faleceu em Breves (PA), aos 45 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela prima de Rosiléia, Rita de Cássia Santos dos Anjos. Este tributo foi apurado por Samara Lopes, editado por Joaci Pereira Furtado, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 11 de agosto de 2020.