1949 - 2021
Sua paixão pela arte foi nutrida desde pequeno, quando era levado por sua mãe para participar de programas de auditório.
Ficou conhecido por seus inúmeros trabalhos nas rádios alagoanas, onde vivia envolvido no mundo da música, teatro e poesia. Foi nos programas de auditório que adquiriu o gosto pela música de qualidade.
Apesar de seguir caminhos distintos dos seus pais, um ex-combatente da Marinha e uma dona de casa, sua escolha pela música foi bem aceita pela família. A partir da sua experiência no mundo artístico e seu trabalho nas rádios, decidiu cursar Educação Artística em 1979 e além de dar aula sobre programação musical em diversos cursos, também participou como jurado em festivais de música promovidos no Estado.
Outro universo que encantava Rui era o da escrita, ele sempre ocupava o seu tempo livre na redação de crônicas e poesias e chegou a lançar o livro: “Solos do coração”. Neste recinto criativo, suas memórias de infância se tornaram inspiração, uma delas foi uma professora homenageada em seu livro através da poesia intitulada: “Janice”, que também virou música com a participação de seu parceiro musical Petrucio Beato.
Apesar de ter nascido no Rio de Janeiro, Rui escolheu Alagoas como seu lar e transmitiu em uma de suas poesias a sua paixão por essa terra:
“Um chamado atendido, estou aqui Alagoas
terra de Graciliano e Téo Brandão,
Jorge de Lima e Pedro Ivo,
daqui não saio mais não!”
Foi no seu Estado do coração que ele conheceu sua esposa, Márcia, e juntos tiveram dois filhos, Vandré e Victor. Com a família tinha uma relação de carinho e respeito por todos, fazendo ecoar nas suas relações o mesmo amor que sentia pelo seu ofício.
Rui nasceu no Rio de Janeiro (RJ) e faleceu em Maceió (AL), aos 72 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela esposa de Rui, Márcia Agostinho. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Jaqueline Martins, revisado por Magaly Alves da Silva Martins e moderado por Rayane Urani em 6 de janeiro de 2022.