Sandra do Carmo Rodrigues Vantine Pereira

1976 - 2020

Expressava a vivência religiosa e o amor por Jesus por meio de ações concretas: ajudava a todos sem distinção.

Sandra era a caçula de dez irmãos. É verdade que sobravam mimos para a caçula; no entanto, também sobravam - na visão da família - teimosia por parte da moça. Leidiane, sobrinha de Sandra, conta que a tia tratava todos à sua volta com muito amor o que fazia a teimosia ser apenas um pequeno detalhe.

A história de romance da Sandra começou ainda na adolescência: com 13 anos começou a namorar Jocemir, com quem casou três anos depois. "Ela foi pedida em casamento durante a sua festa de 15 anos que, aliás, foi uma festa linda", conta a sobrinha.

Cultivava em seu interior o sonho de ser mãe. O amor intenso de Sandra e Jocemir trouxe ao mundo três crianças: primeiro nasceram os meninos Jonatan e Geovane. Após o nascimento dos meninos, Sandra ainda queria ter o prazer de ser mãe novamente, dessa vez desejava uma menina. Quando a filha da sobrinha nasceu, Sandra só queria ficar segurando a bebê em seus braços. "Ela ficava falando que também queria ter uma menininha". E foi exatamente o que aconteceu. Meses depois, Sandra engravidou de Geovana, a caçula.

Dedicou sua vida para cuidar da família, em especial da mãe e do padrasto. Sandra sempre estava disposta a abrir mão da sua vida para cuidar dos seus; não media esforços, assim como não media determinação. Sandra também não abria mão das idas à igreja evangélica, gostava de cantar e se encontrar com as amigas. Ela traduzia os valores cristãos aprendidos por meio da Bíblia em atitudes práticas, exercer a fé e o amor ao próximo eram partes essenciais do seu cotidiano.

Leidiane conta que amar o próximo não se restringia apenas à sua família, ela ajudava quem precisasse, mesmo sendo alguém completamente desconhecido. "O maior legado deixado por ela foi nos ensinar a amar ao próximo.", conclui a sobrinha.