1950 - 2021
Mostrou a força que há na mansidão e na doçura, porque foi assim que ela enfrentou tudo na vida.
Sandra teve uma infância e uma adolescência muito difíceis como consequência da separação dos pais ainda nos anos 60 que levou sua mãe a criar quatro filhos sozinha enfrentando o preconceito e o machismo da época, mas que não lhe impediram de conseguir que todos estudassem e trabalhassem desde cedo.
Crescida em Rio Bonito (RJ), mudou-se para Minas Gerais por uma oportunidade de trabalho e foi lá que conheceu o marido e teve seus dois filhos, numa convivência de quase trinta e nove anos.
Ela ensinou aos filhos o poder da mansidão e da doçura, porque era assim que ela enfrentava tudo na vida, inclusive os sérios problemas de saúde dos quais se curou.
O filho, Cassius, relata as palavras do pai que ficou com a sensação de ter perdido “a mulher de sua vida” e que em suas palavras ganharam “um anjo, que sopra no coração das pessoas todos os dias lindas memórias que elas vêm nos contar”.
Viver sem Sandra Regina é uma experiência difícil, mas segundo relata seu filho, um de seus consolos tem sido todo dia alguém lhe falar sobre a paz que ela transmitia, seu sorriso calmo, sua mansidão, sua doçura, fatos estes que ele arremata com orgulho dizendo: “Que lindo saber que isso ficou não só pra mim, mas pra todos que a conheceram!”
Sandra nasceu Seropédica (RJ) e faleceu Itamonte (MG), aos 70 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo filho de Sandra, Cassius Guimarães. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Vera Dias, revisado por Emerson Luiz Xavier e moderado por Rayane Urani em 2 de junho de 2021.