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Sebastiana Mota de Oliveira

1945 - 2021

Gostava de cuidar da horta e de suas rosas, sempre sorridente.

Sebastiana nasceu em Minas Gerais e, desde pequena, descobriu o significado de resiliência e responsabilidade. Órfã ainda na infância, foi morar em uma fazenda, onde ajudava nas tarefas e cuidava dos irmãos com o amor de uma mãe, mesmo sendo a caçula dentre eles.

Apesar das muitas dificuldades, nunca deixou de ter esperança. Devota ao Divino Pai Eterno, fazia promessas e expressava sua gratidão pela vida com bondade e o desejo de fazer o bem ao próximo. Sua vida era repleta de milagres e ela era a prova viva disso.

A família era seu maior tesouro. Um legado que foi construído junto ao marido, ao longo de felizes cinquenta e seis anos, o amor de sua vida e eterno companheiro. Protetora, tinha uma preocupação com todos os seus, como diz sua neta: “Vovó tinha um amor tão grande e um desejo tão profundo de nos proteger, que mesmo passando uma semana inteira ao seu lado, literalmente todo momento, nenhum de nós, filhos ou netos, fomos contaminados, o amor é uma verdadeira magia”. E conclui: “Vovó, por mais que a sua história se assemelhe com a Cinderela, para mim a senhora sempre foi a princesa de Valente”.

Sebastiana nasceu em Grupiara (MG) e faleceu em Uruaçu (GO), aos 75 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela neta de Sebastiana, Rafaella Felipe Stival Oliveira. Este tributo foi apurado por Lucas Cardoso, editado por Felipe Bozelli, revisado por Walker de Barros Dantas Paniágua e moderado por Rayane Urani em 22 de setembro de 2021.