1964 - 2020
Pai presente, filho e irmão querido. Apaixonado pelo Sport Recife e cupido dos conhecidos.
Sérgio tinha um coração cheio de paixões e que, ainda por cima, promovia paixões nos corações alheios.
Sua primeira paixão era a família. Dedicado aos dois filhos Leonardo e Rafael, tinha sempre um sorriso de otimismo estampado no rosto para todos, mesmo naqueles momentos mais difíceis. Que nos contem seus irmãos e seus pais. Foi de uma dedicação total quando seu pai adoeceu cuidando de seu velho até o fim, conta a irmã Ana, em cuja casa o pai passou seus últimos momentos.
Outra paixão era o futebol, e nela, o Sport Club do Recife tingia o seu coração de rubro-negro. Não perdia um jogo do seu time seja na TV ou, quando não estávamos em distanciamento social, indo às arquibancadas da Ilha do Retiro entoar junto com milhares de vozes o grito de guerra da torcida:
"Pelo Sport nada?
Tudo!
Pelo Sport nada?
Tudo!
Então como é, como vai ser e como sempre será?
Cazá! Cazá! Cazá, cazá, cazá!
Sport! Sport! Sport!"
Sérgio foi internado no dia 20 de abril e partiu no dia 4 de maio. Neste período trocou muitas mensagens com a irmã Ana. Numa delas escreveu que, se ele não voltasse, queria que a família soubesse o quanto ele amava a todos.
Lembram-se que falamos sobre Sérgio também gostar de promover a paixão nos corações alheios? Pois se existem cupidos lá em cima, devem ter recebido Sérgio com honrarias. Afinal, foi ele que apresentou Ana ao seu melhor amigo, Rinaldo, que acabou virando também seu cunhado.
Sérgio nasceu em Recife (PE) e faleceu em Recife (PE), aos 55 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela irmã de Sérgio, Ana Maria da Silva Rangel. Este texto foi apurado e escrito por Fabio Victoria, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 30 de dezembro de 2020.