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Sérgio Henrique Saraiva Costa

1979 - 2020

Batalhando até o seu último minuto, nunca disse que a vitória estava perdida.

Quando criança, Serginho brincava solto na rua com os amigos de infância. Cresceu e percebeu que a vida não seria fácil. Perdeu sua mãe cedo. Seu irmão também se foi jovem. Não teve pai.

No entanto, encontrou forças para ser um pai presente e maravilhoso para sua filha Ana Clara, com quem vivia a brincar, relembrando seus tempos de menino.

Ao longo de 22 anos foi companheiro de Silvana, sua "amada esposa", conforme carinhosamente a chamava. Namoravam desde a escola, onde se conheceram e estudaram na mesma sala, juntos. “Ele fazia tudo para me ver feliz. Com sua presença eu me sentia segura e amada”, afirma a esposa.

Era uma pessoa alegre, divertida, um amigo muito querido principalmente no trabalho. Dedicou-se durante muitos anos à Radiologia, área em que conquistou muito prestígio como excelente profissional.

Quando não estava trabalhando duro para garantir o conforto da família, Serginho gostava de deitar-se no chão, de bruços. Passava horas e horas nessa posição, apreciando seu existir.

“Eu vou sair dessa, logo logo tô em casa. Tô com muita saudade de vocês” foram algumas das suas últimas palavras.
Fã de Raul Seixas, Serginho sempre soube que é de batalhas que se vive a vida.

Sérgio nasceu São Luís (MA) e faleceu São Luís (MA), aos 40 anos, vítima do novo coronavírus.

Jornalista desta história Júlia Palhardi, em entrevista feita com Esposa Silvana Penha, em 23 de maio de 2020.