1981 - 2020
O tio Dona Aranha da sobrinha Bia viveu com a certeza de que tudo "já estava escrito".
Era um sujeito família, que gostava de judô, era fã do Rogério Ceni e sonhava em ter diploma de Direito, curso que estava finalizando.
O nome, Sérgio, era apenas um dos que o definiam. Ele também era Junior, para os de casa. Sergião, para os amigos. E Dona Aranha, para a sobrinha Bia.
De coração enorme, tinha um amor incondicional por cada pessoa da família. Sortudas foram as pessoas que conheceram esse amor. Não gostava de ver ninguém triste e, por isso, não media esforços para ajudar aos outros.
Para o irmão Franclande, Sérgio era um exemplo de espiritualidade, alguém que havia entendido o porquê de estar vivo e o que deveria fazer aqui na Terra.
Carregava no braço a palavra árabe "maktub", que significa "está escrito". Seu irmão hoje entende que Sérgio viveu a vida guiado pela certeza do que tinha tatuado na pele. Ele viveu com simplicidade, sem complicar os seus dias, e assim foi até o momento de sua partida. Afinal, Sérgio acreditava que tudo já estava escrito. Maktub.
Sergio nasceu em Cruzeiro do Sul (AC) e faleceu em Tangará da Serra (MT), aos 39 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo irmão de Sergio, Franclande Costa de Oliveira. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Michele Bravos, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 16 de abril de 2022.