1955 - 2020
Guerreira e forte como as mulheres paraibanas, deixou um legado de orações e devoção.
Guerreira, mulher do campo, forte como as paraibanas. Assim sempre foi dona Severina, que um dia também se tornou a querida vovó Ina.
Entre os momentos de felicidade, um deles era estar com os netos, paparicando-os como ninguém mais o fazia. Também gostava de reunir a família nos almoços de domingo, era sua maneira de demonstrar o seu amor de mãe e avó.
Seus cuidados e carinhos eram traduzidos nos costumes herdados da mãe, como as cantigas e rezas. Admirada por todos pela sua devoção, fazia questão de ensinar aos filhos e netos as suas orações.
"Quem souber e não ensinar, a mesma pena há de passar, quem ver e não aprender, no dia do juízo há de se arrepender”, diz o trecho de uma oração deixada por ela como lembrança, antes de sua partida.
Severina nasceu na Paraíba e faleceu em Maceió (AL), aos 65 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo filho de Severina, Nelson Vieira da Silva. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Layane Patrícia da Silva, revisado por Renata Chebel e moderado por Rayane Urani em 3 de junho de 2020.