1941 - 2020
Muito trabalhador, arriscou e se aventurou no interior do país, criando a primeira recapadora de pneus dali.
Ele, quando nasceu, era para ser registrado como Vital só que, na hora de fazer o seu registro civil, sua mãe resolver mudar para Severino. Na vida real prevaleceu o nome que de início era para ser seu e as pessoas só o conheciam por Vital.
Na vida foi casado uma única vez com Cleusa, seu grande amor, falecida em 1998. Dessa união nasceram cinco filhos homens e cinco mulheres: Vino, Cida, Silvino, Alice, Leonice, Helena, Neuza, Zeca, Dalio e Adalto. E a família ampliou-se com o nascimento de 14 netos e dois bisnetos.
Nada deixava esse homem mais feliz do que reunir toda a família aos domingos e em datas comemorativas. Adorava comemorar os aniversários dos filhos e netos, além de visitá-los com frequência e uma prática que o unia aos seus descendentes mais jovens era jogar baralho com os netos.
Gostava muito de contar histórias e de falar bastante sobre a vida. Quando ia aos velórios, coisa que fazia bastante, ficava conversando com o pessoal da família sobre as histórias da pessoa falecida parecendo que essa era sua maneira de homenageá-la e honrá-la.
Saudosista, volta e meia era comum ouvi-lo cantando modas antigas. Entoava com gosto "Tristeza do Jeca" de Tonico e Tinoco e "Pagode em Brasília" de Tião Carreiro e Pardinho e várias outras. Também adorava assistir novelas e, dentre todas que assistiu na vida, sua preferida era a Totalmente Demais.
Amava a vida e sempre alegre, dizia que vivemos o paraíso na Terra e que aqui era o melhor lugar. "Essa vida é muito boa!", ele repetia sempre conforme relata a neta Tamylla.
Muito trabalhador, foi lavrador, vendedor e borracheiro. No ano de 1965, mudou-se para de Tangará da Serra, MT, onde foi um dos pioneiros daquele município. Ali fundou a segunda borracharia da cidade e também a primeira recapadora de pneus e, por isso, tornou-se conhecido como Seu Vital da Borracharia.
Homem generoso, justo e honesto, será lembrado como alguém bondoso, simples, um pai conselheiro sempre pronto para ajudar os filhos e um avô muito amoroso!
Severino nasceu em Jati (CE) e faleceu em Tangará da Serra (MT), aos 78 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela neta de Severino, Tamylla Nogueira Ramos. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Vera Dias, revisado por Walker de Barros Dantas Paniágua e moderado por Rayane Urani em 31 de agosto de 2021.