1979 - 2020
Para ele, não podiam faltar as balas para dar às crianças do prédio e um churrasquinho para alegrar o seu dia.
Sidinei foi um marido, padrasto, filho, tio e cunhado amado por todos. Ele gostava muito de futebol e de churrasco, e tinha hábito de estar sempre sorrindo.
"Ficávamos juntos o tempo todo quando não estávamos trabalhando. Vivemos uma aventura quando fomos pra Bahia de carro: foi muito engraçado errar o caminho na volta e atravessar o rio São Francisco de balsa; depois, comemos poeira por aproximadamente uma hora, ficamos marrons de tanto pó, rimos muito", relembra Vanuza, sua esposa.
Ele se dava muito bem com toda a gente, tanto no ambiente de trabalho quanto com os familiares. Não teve filhos, mas era muito amoroso com todos, enteados e sobrinhos.
O sonho dele era trocar o carro por um furgão e trabalhar nas ruas, fazendo entregas até se aposentar junto com a esposa e, finalmente, ir morar novamente na Bahia. Conta a esposa que ele "já falava até em ir construindo no terreno que possuía na Bahia, para que quando fôssemos de vez, já termos onde morar e não 'incomodar ninguém'".
"Um homem maravilhoso, o meu anjo protetor. Ele era uma pessoa generosa, amado por todos que o conheciam. Agora, descansa nos braços do Pai, mas parece que foi ali, e já vai voltar", diz Vanuza.
Sidinei nasceu em Planaltino (BA) e faleceu em Cajamar (SP), aos 40 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela esposa de Sidinei, Vanuza Cleide de Oliveira Coutinho. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Gabriela Carneiro e moderado por Rayane Urani em 11 de novembro de 2020.