Sidnei Bueno de Castro

1966 - 2021

A paixão pelos automóveis o impulsionou a realizar o sonho de ter sua própria oficina.

Com apenas 16 anos ele aprendeu o que seria o ofício de uma vida inteira. A mudança da cidadezinha onde nasceu para a cidade de Americana, em São Paulo, em busca de melhores condições, levou-o a ajudar um tio na oficina de funilaria e pintura automotiva. No começo, era apenas a tentativa de juntar dinheiro para cobrir as despesas dos pais com a família de seis filhos. O aprendizado de jovem, no entanto, virou sonho de adulto. Sidnei queria montar seu próprio estabelecimento e não poupou esforços. Muitos anos depois da labuta como empregado, quando já estava com as filhas crescidas, seguiu os planos para se tornar proprietário da SB Reparações Automobilísticas.

A afinidade com os carros e com a direção não parou por aí. Sidnei nutria o desejo de adquirir uma camionete de luxo, zero quilômetro, conquista que aconteceu junto com a aquisição de uma chácara no município paulista de Itirapina. Fazia dali o seu refúgio nas horas de folga, nos finais de semana. Cuidava com muito carinho de cada pedacinho do lugar. Plantou várias mudas, criou algumas galinhas. O imóvel seria seu maior investimento para quando estivesse aposentado.

De natureza alegre e otimista, “gostava de se reunir com os amigos de bar”, conta a primogênita. Apreciador de uma cervejinha e de um "bitter", era na mesa do botequim que se distraía com a turma, que o apelidava de Groselha, por causa da cor avermelhada do aperitivo.

Os encontros com as filhas Thaisa e Thuany também não podiam faltar, quando preparava o churrasco para os seus. “A neta Giovanna estava sempre junto e era seu xodó”, dispara Thaisa com orgulho.

Apreciador da música sertaneja, inspirava-se na canção “Amor de funileiro” para fazer suas declarações. “Mas era fã mesmo de Chitãozinho e Xororó, dizia que sua música era ‘Evidências’. Inclusive nós a cantamos no seu velório”, fala Thaisa, com um misto de emoção e graça, combinando com o temperamento tranquilo e brincalhão do pai.