Stephan Caruso

1988 - 2021

Assim que chegava do trabalho, tomava um banho e sentava-se junto ao filho para ajudar com as tarefas escolares.

Um homem apaixonado, "puro coração", como diz sua mãe. Stephan era padrasto do jovem Artur, companheiro da Estela há uma década, pai do pequeno Antônio Carlos e do Álvaro, que chegou ao mundo pouco tempo depois de sua partida. Sempre alegre e bem-humorado, Stephan não perdia uma oportunidade de rir e fazer rir. “Ele tinha mania de colocar apelido engraçado em todo mundo”, relembra Inês, sua mãe.

Stephan foi um filho muito querido e esperado. Aos três anos, ganhou também um irmão, Jader, com quem dividia desde a infância a paixão pelo futebol e pelos videogames. Os meninos de Inês cresceram unidos, especialmente após a perda do pai, quando Stephan tinha apenas quatro anos.

“Ele amava jogar CS, tinha paixão por jogos, desde os tempos do Atari e, agora, o Xbox”, conta Inês. Por isso, eles sempre participavam dos encontros de jogadores de videogame, assim como dos campeonatos de futebol e até de corridas de carro. E foi através do Stephan que esses hobbies se perpetuaram na família Caruso. O jovem de 33 anos fazia questão de estar presente para seus meninos, assim como sua mãe também esteve.

Dos jogos de videogame aos de futebol — assistidos ora no campo, ora pela televisão — Stephan era todo dedicado à família. Assim que chegava do trabalho — um capril em Boituva, São Paulo — tomava banho e sentava-se junto ao filho, Antônio Carlos, para fazer as atividades de estudo.

Sendo tão carinhoso e dedicado aos que amava, é inevitável que deixe saudades. Inês recorda: "Sempre que podia, levava o filho para o trabalho, para visitar os filhotinhos de cabra. Vivia fotografando e registrando os momentos com o Carlinhos, que dizia para o pai: “Meu sonho, quando crescer, é ser jogador de futebol”. Para a mãe, ligava quase todos os dias e muitas vezes pedia: “Faz um macarrão com brócolis e calabresa, que nós vamos aí jantar!”