Terezinha do Carmo Augusto

1955 - 2021

Presenteava cada parente que a visitava com um belo tapete de crochê. Era a sua forma de demonstrar afeto.

Dona Tetê, como era carinhosamente chamada, veio de uma numerosa família de nove irmãos. Viviam em Mirandópolis, interior de São Paulo e desde cedo ajudava com os cuidados familiares.

Conheceu seu esposo Alípio durante os bailes que frequentava por intermédio de um de seus irmãos. Adorava dançar, mesmo sem saber... Ela divertia qualquer dia ruim, mas só "funcionava" depois das 11 da manhã, pois odiava acordar cedo e só o fazia se fosse extremamente necessário.

Adorava crochê e ensinou sua filha Rafaela os primeiros pontos, quando ela tinha dez anos e desta paixão surgiu uma tradição: Tetê presenteava cada parente que chegasse em sua casa com um tapete. "Era seu presente! Ela amava saber que teriam um pedacinho dela em suas casas." Relembra sua filha.

Sempre dinâmica, se desdobrava entre várias profissões. Já foi cozinheira, doméstica, cabeleireira, manicure e pedicure. Autodidata, buscava constantemente aprender coisas novas, brincava que havia se formado em Medicina e Direito pela faculdade da vida. Seu divã era o salão de beleza onde adorava ouvir as histórias de suas clientes e dar seus conselhos, fossem eles sinceros ou mirabolantes… Tetê era defensora de todos, se visse seus queridos sofrendo alguma perseguição, sofrimento ou injustiça, lá estava para acolher.

Amava também os animais, ela e seu esposo cuidavam de 3 gatos e 2 cachorros com muito carinho e dedicação. Assim como gostava de plantas, especialmente seu pé de romã, por onde passava habitualmente trazia uma mudinha para plantar ou então fazer chá.

"Minha mãe tinha muita fé, me ensinou a crer em um Deus vivo e com toda certeza ela junto com meu pai estão com Ele" finaliza Rafaela cheia de saudades.