1932 - 2021
Alegrava-se em partilhar as frutas produzidas em seu quintal, fazendo a alegria da vizinhança.
Nascida em plena Revolução de 1932, Therezinha viveu de fato como uma guerreira. Superou as limitações impostas por sua deficiência auditiva, tomando a frente no comando das tarefas domésticas e desenvolvendo muitas outras habilidades. Foi exímia costureira, pintora, cozinheira, bordadeira e violinista. Gostava muito de escrever e expressava-se muito bem por meio das palavras.
Foi com muito zelo que exerceu suas funções prediletas — a de esposa, mãe, avó e bisavó. Uniu-se em comunhão com o Sr. Harold, com quem teve seis filhos: Gilson, Gilmeire, Sônia, Selma, Simone e Sheila. A família aumentou com a chegada de nove netos: Maurício, Natália, Tânia, Ângela, Henrique, Kelly, Sarah, Sofia e Júlia; e da bisneta Lina.
Therezinha amava cuidar das árvores e plantas da sua casa. Generosa, repartia sua produção de jabuticabas, limões, bananas, uvaias, cocos e caquis.
Para ela bastava muito pouco para ser feliz — sempre soube aproveitar os pequenos e simples momentos como preciosidades da vida. Foi uma serva fiel de Deus e seguiu os passos de Jesus, manifestando dignidade, amor, humildade, alegria, lealdade, força e, acima de tudo, a compaixão pelo próximo. Nunca negou auxílio a quem encontrava pelo caminho ou que lhe batesse à porta.
As lembranças da sorridente Therezinha são um legado de amor e saudade para a neta Ângela, que saudosa crê que "ela permanece costurando, pintando, tocando, bordando, porém agora, em feixes de luz, entre o sol, a lua e as estrelas, na morada celeste".
Therezinha nasceu em Aparecida (SP) e faleceu em Guaratinguetá (SP), aos 88 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela neta de Therezinha, Angela Teberga de Paula. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Ana Helena Alves Franco, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 15 de agosto de 2021.