1936 - 2020
Nordestina que, entre cheias e secas, se fez forte e guerreira.
Dona Valda casou-se muito cedo, mas não recomendava que ninguém fizesse o mesmo.
Teve oito filhos, um deles morreu ainda jovem e ela teve que adotar mais dois netos.
Nordestina, costureira, enfrentou cheias e secas, sempre ao lado da sua família.
Ainda em vida, perdeu seu companheiro e mais dois filhos, aguentou tudo isso. Fazia questão de se mostrar uma pessoa forte.
Mulher determinada, dizia: “A gente faz 99, se não fizer os 100, não fez nada!”
Na década de 90, foi morar na grande Natal, onde viveu até seus últimos dias.
“O melhor dia para ela era o domingo, onde aguardava ansiosa por minha chegada para o almoço, com um belo sorriso no rosto”, diz Samuel, um dos netos que ela adotou como filho.
Dizia que não gostava quando a casa estava muito cheia, mas não conseguia disfarçar a felicidade de ver filhos, netos e familiares reunidos nas festas de final de ano.
Era o norte da família. Hoje, é a estrela.
Valda nasceu em Apodi (RN) e faleceu em Parnamirim (RN), aos 84 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo neto de Valda, Samuel Wendell Gomes Marinho. Este tributo foi apurado por -, editado por Andressa Cunha, revisado por Gabriele Ramos Maciel e moderado por Rayane Urani em 25 de outubro de 2020.