1971 - 2020
Gostava de estar com a família, e de tomar uma cerveja aos sábados na casa da mãe, ouvindo música sertaneja.
Qualquer bicicleta velha e enferrujada que passasse pelas mãos de Vitor ficava nova de novo, depois dele consertar e pintar, para revender. Ele fazia pequenos negócios, como a reforma de bicicletas, para complementar o salário de pintor de casas e sustentar os cinco filhos.
A irmã Aparecida lembra que Vitor era, dentre os quatro irmãos, o que tinha mais dificuldades financeiras, mas nunca se deixava abater. Quando pensa em Vitor, a primeira palavra que vem à mente de Aparecida é “superação”.
Vitor tirava de letra as adversidades, adorava um banho de piscina e os ranchos, que são as casas que ficam na beira do Rio Grande, em Miguelópolis. Era apaixonado pela mulher e pelos filhos, e o churrasqueiro oficial das reuniões familiares.
Aos sábados de tarde, gostava de ir para a casa da mãe, para ouvir música sertaneja e beber uma cervejinha. Era alegre, prestativo e simples de coração.
Vitor nasceu Grandes Rios (PR) e faleceu Guará (SP), aos 48 anos, vítima do novo coronavírus.
Jornalista desta história Martha Batalha, em entrevista feita com irmã Aparecida Cristina da Silva, em 22 de maio de 2020.