1973 - 2020
Simples, humilde, prestativo, amável e feliz com vida.
As linhas abaixo foram escritas por Sâmya, a enteada e filha do coração de Wellington:
Meu paidrasto ficou órfão de pai e, ainda jovem assumiu o cuidado da casa e dos irmãos, que eram tudo para ele.
A coisa que ele mais amava na vida era comer, comia bem e depois tirava um bom cochilo, também gostava demais de ir pra fazenda da mãe e ficar com ela. Além disso, o trabalho de motorista no guincho da Secretaria de Transporte do município era outra de suas paixões, todos os agentes eram amigos dele, era uma pessoa simples de brilho no olhar.
Wellington sonhava em envelhecer ao lado da minha mãe em alguma roça. Lá, receberiam os netos. Era uma pessoa de gestos grandiosos e sempre ajudava com o que estivesse ao seu alcance
Casou-se com minha mãe, viúva e com dois filhos. Juntos, e determinados a amar e cuidar incondicionalmente das crianças, adotaram uma menina de 11 meses durante a trajetória.
Assim, nos quase vinte e três anos de relacionamento com minha mãe, cumpriu sua missão fielmente e com muito amor e zelo pela família.
Te amaremos eternamente.
Wellington nasceu em Brasília (DF) e faleceu em Brasília (DF), aos 47 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela enteada de Wellington, Sâmya Renaia Oliveira Pereira Victor. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Mateus Teixeira, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 19 de janeiro de 2021.