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Vladimir Nunes Ribeiro

1966 - 2021

Por onde passava, era festa: gostava de conversar, agradar e elogiar as pessoas com quem convivia.

Conquistava as pessoas pela conversa. Estava sempre brincando, fazendo palhaçadas e inventando apelidos. Ele era comerciante e por vinte e três anos foi proprietário de uma loja de artigos religiosos. A loja era a casa e a vida dele, porque lá construiu muitas amizades ao longo do tempo.

Gostava de celebrar a vida, pois era um guerreiro: recebera um rim por transplante e já havia infartado também. Talvez por isso, amava comemorar aniversários e reunir os amigos, para assar um churrasco bem campeiro. Gostava de ouvir músicas e a trilha sonora que escolhia combinava com sua espontaneidade e alegria — características fortes em sua vida. Era uma pessoa feliz.

Sempre buscava inventar situações para reunir os filhos e divertia-se brincando com os netos. Tentava ajudar a quem precisasse e diante de algum problema empenhava-se em achar a melhor solução. Não tinha preconceito com nada e estava sempre disposto a ouvir.

Nos momentos de folga, gostava de pescar, recolher mariscos, visitar locais de revenda de carros e de elaborar projetos e plantas de casas. Por isso, ia sempre a obras em construção, para ter ideias para o futuro.

O amor estava presente em todas as suas atitudes: no ouvir com atenção, na compreensão, na solidariedade, no acreditar que a felicidade mora nos pequenos momentos e por sempre externar gratidão. Sua filha, Mariane, acrescenta: “Ele foi e sempre será a melhor pessoa do mundo”.

Vladimir nasceu em Porto Alegre (RS) e faleceu em Porto Alegre (RS), aos 54 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela filha de Vladimir, Mariane Oliveira Ribeiro. Este tributo foi apurado por Rayane Urani, editado por Hortência Maia, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 19 de novembro de 2021.