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Walmir Antônio de Araújo Lobão

1961 - 2021

Acreditava que sonhos foram feitos para serem concretizados e que o mundo foi feito para ser desbravado, visitado e conhecido.

Juca Lobão era sinônimo de boas histórias, liberdade, grandes viagens e amizades duradouras, de mil e uma ideias por segundo e, sobretudo, de sabedoria para viver. De sua parte, havia um tanto de agitação e leveza; uma mistura que o levou a experienciar a vida de forma única e a inspirar os outros também.

Fã de Carnaval, apaixonado por Lobinha ― sua "filha de quatro patas" ― e companheiro de Sonia, Juca amou e foi muito amado. Por isso, e por muito mais, sua partida trouxe silêncio e uma sensação de vazio para as pessoas que tiveram o privilégio de conhecê-lo. Como afirma Sonia, "é difícil a ausência de uma pessoa que marcou tanta presença", mas há muito que fica além da saudade: os ensinamentos, a gratidão e as boas memórias.

Com o companheiro, Sonia aprendeu o desapego e a lição de que a vida deve ser vivida intensamente e de maneira leve. Ela ainda é testemunha das tantas vezes em que, se valendo de suas ideias inovadoras, Juca fez a diferença ajudando as pessoas à sua volta, à sua própria maneira.

Juca fez suas andanças pela vida e partiu para mais uma de suas viagens, não como forma de adeus, mas de um até logo.

Walmir nasceu em Belém (PA) e faleceu em Santa Rita (PB), aos 60 anos, vítima do novo coronavírus.

Testemunho enviado pela companheira de Walmir, Sonia Homci de Oliveira. Este tributo foi apurado por Lucas Cardoso, editado por Larissa Reis, revisado por Bettina Florenzano e moderado por Rayane Urani em 10 de novembro de 2022.