1970 - 2020
Gostava de videogames e estava sempre investindo nos de última geração para se distrair com os filhos.
Ele era o filho muito amado de dona Nilza, que viveu toda a sua vida com muita alegria. Apesar da infância difícil, trabalhando desde muito cedo, ele sempre foi uma pessoa feliz e comunicativa, que gostava de divertir as pessoas de seu convívio. E era muito querido em Ibirataia — cidade baiana onde morou durante oito anos e era conhecido por todos como um sujeito "boa gente".
Trabalhava viajando: comprava mercadorias em São Paulo e em outros estados e revendia em Itabuna. Sempre teve uma vida dedicado ao trabalho e todo tempo de lazer ele passava com os filhos. Ele amava estar com Leandro, Isabela e o pequeno Francisco, jogando videogame; estava sempre comprando jogos de última geração, jogos de luta e era muito fã do grupo de forró Calcinha Preta. Muito mesmo; fã a ponto de, certa vez, deixar o cabelo crescer como o do vocalista da banda.
"Ele sempre falava 'meu irmão, a vida é muito curta, bora dar risada!' Nunca vi meu irmão triste, era um cara sempre sorridente e não gostava de brigas; ele era aquele cara apaziguador", conta Jonathan. "Gostava de chamar todos de 'barão' ou de 'filho'; tinha uma risada escandalosa e emocionante, e sempre dava graças a Deus por tudo".
"Quando eu ainda namorava a minha esposa e descobri que ia ser pai, fiquei assustado, com medo de tudo o que iria acontecer, mas sabia que a primeira pessoa da família com quem queria dividir essa notícia seria com ele. Então fui ao seu encontro, contei tudo e a reação dele não foi menos do que eu já esperava: ele me deu o maior apoio, disse que tudo iria dar certo, que ele sempre estaria comigo e foi isso que aconteceu: ele foi mesmo um tio sempre presente", relembra Jonathan.
Well, como era chamado pela família, teve nove irmãos, oito deles por parte de pai — Bira, Tatiane, George, Lilica, Jonathan, Leonardo, Maykeli e Jorge Luiz — e Andrea, a irmã por parte de mãe. Em 2015 Well aproximou os irmãos criando um grupo num aplicativo de mensagens, que batizou de “Família dos Buchudinhos“. Ali ele falava da importância da convivência entre eles, de se amarem, e dizia que eles precisavam estar sempre unidos, sendo uma só família. Muito brincalhão, ele postava fotos antigas para fazer brincadeira com os irmãos. E sempre marcava reuniões quando um deles estava pela cidade ou organizava eventos e encontros para estarem juntos. Para ele, a família era um bem muito precioso.
Personalidade alegre, espírito incentivador, para ele sempre era tempo de ser feliz, de desfrutar o que de melhor a vida pode oferecer!
Wellington nasceu em Itabuna (BA) e faleceu em Itabuna (BA), aos 41 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo irmão de Wellington, Jônata Silva Martins. Este texto foi apurado e escrito por Fabíola da Fonseca Machado, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 31 de agosto de 2021.