1939 - 2020
Fez de uma máquina de costura o seu reinado e alegrou muitas ocasiões especiais com sua arte.
Dona Zélia foi uma mulher de fibra, amor e sorrisos. Apesar de já ser uma octogenária, sua memória era como a de uma jovem de 20 anos. Contava suas histórias e lembranças de vida como se tivessem sido ontem, tinha um dom especial para a contação.
Ficou viúva ainda muito cedo, cuidou sozinha dos seus três filhos, os quais aprenderam com ela a honradez e a dignidade.
Zélia foi uma costureira de mão-cheia e, assim, alegrou carnavais, casamentos, batizados e muitas outras ocasiões especiais com sua arte prudente na máquina de costura. Suas mãos eram hábeis e trabalharam quase até o dia em que partiu para o hospital.
"Achávamos que ela retornaria, mas não retornou. Deixou-nos no peito uma saudade imensa. Dela vou guardar muitas das boas lembranças, muitas das boas risadas, mas, acima de tudo, aquela longa saudade que nunca passará", diz o neto Diego.
Zélia nasceu em Fortaleza (CE) e faleceu em Fortaleza (CE), aos 80 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pelo neto de Zélia, Diego Henrique. Este tributo foi apurado por Rafael Giraldo, editado por Raiane Cardoso, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 13 de agosto de 2020.