1950 - 2020
A felicidade só era plena se tivesse que dobrar a receita do cuscuz, por ter a casa repleta de filhos e netos.
Homenagem da neta Letícia à Vovó Marilene:
Dona Lena, Tia Lena, Mãe Lena, Vó Lena, todos esses vocativos faziam referência a uma das pedrinhas mais preciosas da nossa vida.
Uma nordestina arretada que veio de Palmeira dos Índios, no estado de Alagoas, para São Paulo, com muita vontade de vencer. E ela venceu: na vida e no amor incondicional.
O seu amor pelas pessoas era tão grande, que além de multiplicá-lo por quatro filhos de sangue, ainda acolheu mais cinco em seu doce lar, a quem ela também chamou de filhos.
Gostava da casa cheia, comida na mesa e muita bagunça regada por um bom cuscuz, como só ela sabia fazer — o melhor de todos.
Durante os mais de quarenta anos em que esteve casada com o meu avô, construiu uma linda família. Tiveram seis netos que a amavam com todas as forças.
Ela deixou uma saudade imensa, um espaço vazio que só poderá ser preenchido pela alegria que ela manifestava em nossas vidas.
Ela completaria 70 anos, mas essa data, tão esperada por ela e por nós, acabou por ser comemorada junto ao grande amor da vida dela, o Sr. Manoel, que também deixou muita saudade por aqui.
Vózinha, obrigada por cuidar tão bem da gente. Descanse em paz. E saiba que a sua bondade e generosidade fez a diferença na vida de muitas pessoas.
Te amaremos até a eternidade.
Amar é acolher, é compreender, é fazer o outro crescer.
Marilene nasceu em Palmeira dos Índios (AL) e faleceu em São Paulo (SP), aos 69 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela neta de Marilene, Leticia Assunção. Este tributo foi apurado por Lucas Cardoso, editado por Ana Macarini, revisado por Maria Eugênia Laurito Summa e moderado por Rayane Urani em 29 de julho de 2021.