1959 - 2020
Com um coração maior que ela mesma, ensinou que o cuidado é o gesto de amor mais verdadeiro.
Vale ressaltar que a única coisa no diminutivo era o seu apelido. Isabel ou Zinha, como era carinhosamente chamada, era gigante.
Aqueles que a conheceram caracterizavam-na por sua força, pois ela enfrentou inúmeras batalhas e venceu todas. Criou sozinha os quatro filhos e cuidou de nove netos, sem contar os que ela adotou como família.
"Nunca precisou dizer 'eu te amo' para alguém, pois, com o seu cuidado, já nos sentíamos amados", afirma a neta Jhenifer.
Os olhinhos caídos revelavam o sofrimento de uma vida inteira. Já o verde, desses mesmos olhos, nos ensinou que apesar das dificuldades, precisamos ter esperança e acreditar que dias melhores estão por vir.
"Adorava passear por aí e não tinha quem a conhecesse e não pegasse apreço por ela. De riso discreto, uma enorme humildade e doação ao próximo, ela nos deixou um legado: precisamos permanecer unidos, cuidando uns dos outros", diz a neta.
Depois de dias de luta, a mulher mais forte do mundo descansou, mas permanece junto da família, sustentando com sua força inenarrável para que nunca desistam.
A saudade que ela deixou é do tamanho de seu coração. Viva a Isabel!
Isabel nasceu em Santa Isabel (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 61 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela neta de Isabel, Jhenifer de Souza Fortunato. Este tributo foi apurado por Andressa Vieira, editado por Marilza Ribeiro, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 27 de dezembro de 2020.