1952 - 2020
Ele tinha o engraçado costume de dormir na mesa durante o almoço da família.
A esposa Magali, sua eterna namorada, chamava-o de “Xuxu”. Os amigos mais próximos faziam o mesmo.
Engenheiro eletricista, passava horas em sua oficina consertando alguma coisa ou mexendo em seu Aero Willys – carros antigos eram uma de suas paixões. Ele tinha outras, como azeitona preta (risos), seu sítio, sua família, e o Encontro Matrimonial. Acacio achou nestes encontros, ligados à igreja, uma fonte de realização. Por ter o dom da palavra, ele sabia, como poucos, tocar o coração das pessoas e perdeu a conta de quantos casamentos salvou graças à isso.
Acacio foi um herói da capa vermelha e dono do ronco mais alto que a filha Camila já ouviu.
“Meu pai teve paralisia infantil e, por isso, tinha uma perna mais curta que a outra e mancava ao caminhar. Mas, nunca, na minha vida, vi deficiência física nele”, diz ela.
Ao longo da vida, Acacio teve alguns reveses na saúde, passando a depender de muletas e, posteriormente da cadeira de rodas. Isso não alterou a percepção da filha. “Continuei o enxergando como o meu herói de capa vermelha”.
Marido, pai e avô carinhoso, sempre fez tudo que esteve ao seu alcance para garantir boa educação e princípios aos filhos Rodrigo, Camila e Alexandre.
Acacio nasceu em São Paulo (SP) e faleceu em São Paulo (SP), aos 68 anos, vítima do novo coronavírus.
Jornalista desta história Ticiana Werneck, em 20 de julho de 2020.