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Adão Correia Caldeira

1946 - 2020

O militar de carreira que se desmanchava pelos netos.

É assim que se pode descrever Adão que, apesar dos anos dedicados à profissão, nunca perdeu a sensibilidade com as pessoas. “Meu pai, meu herói” descreve o filho, que relembra saudoso como era bom tê-lo por perto.

Adãozinho, como era chamado em casa, gostava da tranquilidade. Fã de uma boa leitura e de um filme interessante. O que mais amava mesmo, era estar com a família, principalmente com os netos.

Dessa relação harmoniosa, deixa um legado de dedicação ao trabalho que exerceu na vida, sempre com muita honestidade.

A dor da partida vai diminuindo aos poucos, através das lembranças do dia a dia com esse homem, que foi marcante como marido, pai e avô.

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Para a família, ele era o Adãozinho, que gostava do apelido carinhoso e de passar as horas livres em casa, quando se dedicava ao neto, por quem nutria um amor especial. Ou então, ocupava-se de leitura, um hábito corrente do qual desfrutava com prazer.

Da porta pra fora, era Adão, o policial de carreira, orgulhoso da profissão e digno da responsabilidade que exercia, conforme o relato do amigo Gustavo, que diz: "Fiquei muito triste pelo senhor Adão".

Adão nasceu em São Gonçalo (RJ) e faleceu em São Gonçalo (RJ), aos 73 anos, vítima do novo coronavírus.

Tributo escrito a partir de testemunho concedido pelo filho e pelo amigo de Adão, Herick e Gustavo Guedes Moraes. Este texto foi apurado e escrito por jornalista Bruna Rodrigues Coppedé, apurado por Carla Cruz, editado por Mariana Quartucci, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 20 de agosto de 2020.