1929 - 2020
Uma nonna italiana, generosa e inesquecível.
Viúva de Francisco Antônio de Souza, com quem teve uma união de mais de sessenta anos, criou 11 filhos, 22 netos e oito bisnetos. A maior felicidade dessa descendente de italianos não poderia ser outra: ter a casa cheia, com muita comida e alegria. Os almoços de domingo tinham que ter aquela macarronada da nonna.
"Minha avó era uma das pessoas mais maravilhosas e incríveis que já conheci em toda minha vida", conta a neta Françoise, que diz ainda: "Sou a primeira neta e, até os meus 18 anos, foi ela quem ajudou a me criar, pois eu morava num barracão atrás da casa dela. Ela e meu avô eram meus padrinhos de batismo; naquela época, era tradição que o primeiro neto fosse batizado pelos avós e, assim foi".
Adelina era uma excelente anfitriã quando a família se reunia nas datas festivas. No Natal, sua casa e seu jardim, muito bem cuidado por sinal, chamavam a atenção pelas flores e pelas luzes natalinas. Quem passava pela rua, ficava encantado. Nas comemorações, além da mesa farta e da alegria, não podiam faltar umas partidinhas de buraco. Inesquecíveis.
Ela, assim como o marido Francisco, era querida pela vizinhança, pelos amigos e familiares. Eles, juntos, deixaram um legado de muito amor e união para os filhos Francisco, Alfredo, Jorge, Eduardo, Geraldo, Ernesto, Cátia, Cleusa, Elizabeth, Fátima e Georgina e para tantos outros amigos e familiares que amaram Adelina e que foram amados por ela.
Foi uma guerreira que possuía um grande apreço pela vida e pela família. Foi ao encontro do marido Francisco e a nora Rossana, que partiram também em 2020 e que, certamente, a receberam com muito amor.
Adelina nasceu em Belo Horizonte (MG) e faleceu em Belo Horizonte (MG), aos 91 anos, vítima do novo coronavírus.
Tributo escrito a partir de testemunho concedido pela neta de Adelina, Françoise Batista. Este texto foi apurado e escrito por Lígia Franzin, revisado por Gabriela Carneiro e moderado por Rayane Urani em 20 de novembro de 2020.