Adelino de Lima Araujo Filho

1943 - 2021

Do seu viver deixou lealdade, bom humor e legados que ainda continuarão germinando e crescendo entre os seus.

Esta é uma carta aberta da esposa, Ana Maria, em nome dela e dos filhos, netos, genro e noras de Adelino:

Amamos você intensamente. Você sempre foi nossa base, nosso conselho, nosso porto tão seguro.

Sua ausência dói, justamente porque sua presença nos era tão cara. Mas temos certeza que aí você está bem, cortejado pelos seus pais. Aproveite! Você, que saiu tão cedo de casa ─ ainda adolescente ─ para tentar a vida. Agora seus pais são só seus, como nunca foram.

Quanta saudade já sentimos! Lutamos diariamente para que a tristeza da sua ausência não transponha jamais a alegria da sua presença.

Até um dia.

•

O irmão de Adelino, Antonio Fernando, também presta sua homenagem:

Sempre que penso em navegar em águas familiares, trago do meu irmão Adelino não apenas o nome do nosso pai, mas o pão, o leite e o colo; tal como, quando com ele combinávamos os mesmos sonhos, as mesmas viagens ou projetos, ou até mesmo, quando, ao dar nome às estrelas, cada um falava de sua própria vida ou do que via e acontecia em nossos mundos.

Em sua memória, conservo dele aquilo que ainda irão ouvir da boca dos nossos netos e volto a me lembrar do Adelino ao lado da sua mulher e companheira de vida, Ana Maria, a mãe de seus três filhos, com quem passou mais de cinco décadas de uma felicidade transbordante.

Ao final, meu irmão Adelino não foi apenas o parente, o amigo querido, o irmão amado; foi alguém que nos deixou do seu viver a lealdade do samurai, o bom humor de menino e tudo mais que ainda deve germinar de fraterno entre nós.