1965 - 2020
Um pai e avô trabalhador de coração enorme.
Casado por trinta e cinco anos com dona Zenilde, Adilson foi um pai exemplar para as duas filhas e um avô coruja para os cinco netos.
Homem sério e calado, era um nordestino carrancudo e de coração enorme.
Como segurança de escolta, viajava bastante e aproveitou uma viagem de trabalho para ir visitar a mãe que morava no Nordeste do Brasil. Dizia que não sabia se ainda a encontraria viva, sem imaginar que ele próprio partiria cinquenta dias após seu último encontro com a mãe.
Ao retornar de uma de suas viagens, que teve duração de dez dias, encontrou sua companheira internada numa Unidade de Pronto Atendimento e ainda teve a oportunidade vê-la lúcida, para a derradeira despedida.
A partida de Zenilde foi um duro golpe para ele, que nunca mais voltou à casa onde moravam. Continuou levando sua vida profissional até se internar com os sintomas da Covid-19 e, quarenta dias depois, aparentemente querendo ir ao encontro da companheira, faleceu.
Adilson partiu deixando saudades!
A história da esposa de Adilson também está guardada neste memorial, e você pode conhecê-la ao procurar por Zenilde Alves da Silva.
Adilson nasceu em Água Preta (PB) e faleceu em São Paulo (SP), aos 54 anos, vítima do novo coronavírus.
Testemunho enviado pela filha de Adilson, Amanda Alves. Este tributo foi apurado por Thaíssa Parente, editado por Vera Dias, revisado por Lígia Franzin e moderado por Rayane Urani em 26 de janeiro de 2021.